Identidade e diferença
- Carolina de Souza Sampaio
- 11 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de nov. de 2024
Muitas vezes a psicoterapia é descrita como um espaço para “descobrir-se”, “encontrar-se”, busca de identidade. Essas tentativas de redução do que somos surgem no medo do diverso, da mudança, do estranho em nós. Tentar se fixar a uma identidade é uma limitação, uma tentativa de controle que pode levar ao adoecimento e a rigidez.
Ao invés disso, uma psicoterapia pode permitir experimentar novos modos de estar no mundo: talvez termos mais interessante que descobrir, seja experimentar, movimentar e criar. Mais saudável que a fixação em uma identidade, é a liberdade para transitar, flexibilizar, nos perceber múltiplos.
Se a lógica individualista cria o mito de um alguém “ele mesmo” que busca “descobrir-se”, o exercício clínico diz do oposto: a ênfase está justamente em poder transitar, na criação singular, mas não solitária, que ocorre a partir da nossa relação com o mundo.
