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Sobre amor e suas definições

  • Foto do escritor: Carolina de Souza Sampaio
    Carolina de Souza Sampaio
  • 9 de jan. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de nov. de 2024



Em nossa cultura, aprendemos muitas vezes desde a infância sobre o amor em dinâmicas de dominação e subjugação na relação com o outro. Quando crianças, muitas vezes fomos desestimulados a pensar, a expressar o que sentimos e nos ensinaram que obediência e submissão fariam parte de relações amorosas que vivemos em nossas famílias. Isso produz confusões entre amar e submeter-se, cuidado e controle.


Quando nos deparamos com questões no relacionar-se, frequentemente surgem impasses associados a essa mistura entre amor e submissão. Como uma bebida que ingerimos ao longo do tempo em uma mistura e perdemos o senso dos elementos, é como se não soubéssemos identificar o que compõe as relações e nos sentimos confusos sobre elas. Pode ser difícil se dar conta de como uma mesma relação pode trazer aspectos de cuidado, porém em outros momentos de controle e dominação, principalmente quando se trata de relações íntimas ou familiares.


E quantas vezes é possível perceber em nós o movimento de em nome de “ser amado” exigir ao outro garantias que este não pode oferecer, ou mesmo que ferem sua liberdade? Em “tudo sobre o amor” (2021), Bell Hooks, ao definir amor como ação: "o amor é o que o amor faz", nos ajuda a ter bons parâmetros para perceber se estamos sendo amorosos e amados. Pensar as nossas definições de amor (e como de fato amamos e recebemos amor em nossas vidas) pode abrir um bom início de reflexão sobre esse tema, e quem sabe movimentar a forma como construímos nossas relações.


Referência: Hooks, Bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elefante, 2021.



 
 

Psicóloga Carolina Sampaio | CRP 03/18064

(75) 991318801 | carolinasampaiopsi@gmail.com

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